Disse comigo mesmo: Velarei sobre os meus atos, para não mais pecar com a língua. Porei um freio em meus lábios, enquanto o ímpio estiver diante de mim.
Meu coração se abrasava dentro de mim, meu pensamento se acendia como um fogo, então eu me pus a falar:
A largura da mão: eis a medida de meus dias, diante de vós minha vida é como um nada; todo homem não é mais que um sopro.
De fato, o homem passa como uma sombra, é em vão que ele se agita; amontoa, sem saber quem recolherá.
Quando punis o homem, fazendo-lhe sentir a sua culpa, consumis, como o faria a traça, o que ele tem de mais caro. Verdadeiramente, apenas um sopro é o homem.
Ouvi, Senhor, a minha oração, escutai os meus clamores, não fiqueis insensível às minhas lágrimas. Diante de vós não sou mais que um viajor, um peregrino, como foram os meus pais.