Soube logo Demétrio do fim de Nicanor e da aniquilação de seu exército e resolveu enviar pela segunda vez Báquides e Alcimo à terra de Judá, com a ala direita de suas tropas.
Estes tomaram o caminho que leva a Gálgala, e acamparam em frente de Mezalot, no distrito de Arbelas; apoderaram-se da cidade e mataram um grande número de habitantes.
Todavia, ante o número considerável de seus adversários, ficaram tomados de pânico; muitos se retiraram do acampamento e, por fim, ali ficaram não mais que oitocentos homens.
Verificando Judas a dispersão de seu exército e a iminência do combate, sentiu seu coração angustiado, porque já não tinha tempo de reunir os fugitivos.
Consternado, disse aos que tinham ficado: Vamos, e ataquemos o inimigo, talvez possamos combatê-lo!
Mas eles o desviavam disso, dizendo: Nós não poderemos. Salvemos antes nossas vidas agora; voltaremos depois com nossos irmãos e travaremos a batalha; mas neste momento somos muito poucos.
Livre-nos Deus, disse Judas, que proceda desse modo e que eu me salve diante deles. Se chegou a nossa hora, morramos corajosamente por nossos irmãos e não deixemos uma nódoa sequer em nossa memória.
O exército do inimigo saiu do acampamento e tomou posição diante deles: a cavalaria se dividiu em dois batalhões, os fundibulários e os flecheiros se colocaram à frente e todos os mais valentes postaram-se na primeira fileira.
Os soldados de Judas tocaram também as trombetas e a terra foi abalada pelo tumulto das armas. O combate se prolongou desde a manhã até à tarde.
Viu Judas que Báquides se encontrava à direita com a mais forte porção de seu exército, e cercado dos mais corajosos dos seus.
Mas a ala esquerda, vendo derrotada a direita, lançou-se atrás nas pegadas de Judas e dos seus soldados.
Todo o povo de Israel caiu na desolação e o chorou longamente, guardando o luto por vários dias, dizendo:
O resto das façanha de Judas, de seus combates, de seus feitos heróicos e atos gloriosos não foram escritos: eles são, com efeito, por demais numerosos.
Ora, após a morte de Judas, aconteceu que os perversos reapareceram em todas as fronteiras de Israel e todos os que praticavam o mal deram-se a conhecer.
Estes procuravam com empenho os amigos de Judas e os conduziam a Báquides, que se vingava deles e os escarnecia.
A opressão que caiu sobre Israel foi tal, que não houve igual desde o dia em que tinham desaparecido os profetas.
Após a morte de Judas, teu irmão, não há mais ninguém como ele, para opor-se a nossos inimigos, a Báquides e aos que odeiam nossa raça.
mas, advertidos, Jônatas, seu irmão Simão e todos os seus companheiros fugiram ao deserto de Técua, onde acamparam junto às águas da cisterna de Asfar.
Nesse ínterim, Jônatas havia enviado seu irmão, chefe do povo, aos nabateus, seus amigos, rogando-lhes se podiam guardar as suas bagagens, que eram numerosas.
Mas os filhos de Jambri saíram de Medaba, apoderaram-se de João e de tudo o que ele tinha e o levaram.
Logo em seguida disseram a Jônatas e a seu irmão Simão que os filhos de Jambri celebravam um grande casamento, e traziam de Nadabá, com grande pompa, a jovem esposa, filha de um dos maiores príncipes de Canaã.
Erguendo os olhos, eles se puseram de espreita, e eis que em grande tumulto e com grande aparato, o esposo saía com seus amigos e seus irmãos na direção dessa, com tambores, instrumentos de música e uma considerável equipagem.
Os companheiros de Jônatas saíram então de seu esconderijo, e lançaram-se sobre eles, para massacrá-los. Muitos caíram aos seus golpes e os restantes fugiram para a montanha, enquanto os agressores apoderavam-se de seus despojos.
Dirigindo-se então a seus companheiros, disse-lhes Jônatas: Vamos, pelejemos agora por nossa vida, porque hoje não é como ontem e anteontem.
Então Jônatas e seus companheiros atiraram-se ao Jordão e passaram, a nado, para a outra margem, sem que o inimigo atravessasse atrás dele.
edificou fortalezas na Judéia, e consolidou com densos muros, portas e fechaduras, as fortificações de Jericó, Emaús, Betoron, Betel, Tanata, Faraton, e de Tefon.
Fortificou igualmente Betsur, Gasara e a cidadela, onde ele deixou tropas e depósitos de víveres.
Tomou como reféns os filhos dos importantes do país, e os mandou guardar na cidadela de Jerusalém.
No segundo mês do ano cento e cinqüenta e três, ordenou Alcimo a destruição do muro do pátio interior do santuário e, deitando a mão sobre a obra dos profetas, começou por destruí-la.
Neste instante, porém, Alcimo foi ferido por Deus e seu plano foi suspenso. Ficou ele com a boca fechada pela paralisia e não pôde mais dizer uma palavra, nem dar ordens relativamente à sua casa;
Vendo Báquides essa morte, retirou-se para perto do rei, e a terra de Judá permaneceu em paz durante dois anos.
Mas, entre os judeus, os maus conspiravam, dizendo: Eis que Jônatas e os seus vivem em paz e descuidados aproveitemos para chamar Báquides, que os exterminará numa só noite.
e ele se pôs a caminho com um grande exército. Secretamente enviou mensageiros aos partidários que ele possuía junto aos judeus, para que eles lançassem mão sobre Jônatas e seus companheiros; mas eles não conseguiram, porque seu plano tinha sido desc
Quanto a Jônatas, fugiu com Simão e seus partidários até Betbasi, no deserto, ergueram as suas ruínas, e fortificaram-se nelas.
Matou Odomera e seus irmãos na sua própria tenda, bem como os filhos de Fasiron, e começou a dar combates e aumentar em número.
Travaram combate com Báquides que foi derrotado por eles e ficou muito entristecido pela presunção e insucesso de sua tentativa.
Por isso mostrou-se irritadíssimo contra os maus judeus que o haviam aconselhado a vir à sua terra; mandou matar a muitos e decidiu voltar a seu país.
Sabendo disso, enviou-lhe Jônatas mensageiros para propor-lhe a paz e a devolução dos prisioneiros.
Ele os recebeu, aceitou a proposta e jurou nunca mais tentar nada de mal contra eles, por todos os dias de sua vida.
Restituiu os prisioneiros que havia feito anteriormente na Judéia e voltou a seu país, para nunca mais tentar reaparecer junto aos judeus.