Oráculo contra Tiro. Lastimai-vos, navios de Társis, porque vosso porto foi destruído. Foi no regresso de Chipre que eles receberam a nova.
cujos mensageiros navegam ao largo. O grão de Sihor era a sua colheita, e sua renda era tirada do comércio das nações.
Envergonha-te, Sidon, porque o mar (a fortaleza do mar) te diz: Eu não concebi nem dei à luz. Não criei rapazes nem eduquei moças.
Acaso não é a vossa cidade gloriosa, cuja origem remonta aos dias antigos, e que dirigia seus passos para se estabelecer ao longe?
Quem, pois, tomou essa decisão contra Tiro, essa cidade coroada, cujos mercadores eram soberanos, e os traficantes, fidalgos da terra?
Foi o Senhor dos exércitos quem o decidiu, para ferir o orgulho da nobreza e para aviltar os mais considerados da terra.
O Senhor estendeu a mão sobre o mar e abalou os reinos. Ele ordenou a destruição das fortalezas de Canaã.
E disse: Cessa de rejubilar-te, Sidon, filha desonrada! Levanta-te e vai estabelecer-te em Chipre! Mesmo lá, não terás repouso.
Naquele tempo, Tiro será esquecida durante setenta anos. No reinado de outro rei, ao fim de setenta anos, realizar-se-á para ela a canção da meretriz:
Toma a tua cítara, percorre a cidade, meretriz esquecida, toca com perfeição, canta a toda voz para que se lembrem de ti.
No fim de setenta anos, o Senhor visitará Tiro, e ela recomeçará a enriquecer-se, mantendo comércio com todos os reinos do mundo, em toda a superfície da terra.