cavaleiros à brida, espadas que reluzem, lanças que cintilam, multidão de feridos, mortos em massa, cadáveres sem número, nos quais se tropeça…
Eis aí o fruto das numerosas fornicações da meretriz tão cheia de encanto, hábil feiticeira, que enganava as nações com seus atrativos, e os povos com seus sortilégios.
Eis que venho contra ti – oráculo do Senhor dos exércitos. Vou arregaçar teu vestido até teu rosto, e mostrar tua nudez às nações, aos reinos a tua vergonha.
Todos os que te virem fugirão para longe de ti, dizendo: Nínive está arruinada! Quem se apiedará de ti? Aonde te irei buscar consoladores?
Vales porventura mais do que No-Amon, que está situada entre os braços do Nilo, cercada de água, tendo o mar por defesa, as águas por muralha?
A Etiópia era a sua força, como também o Egito, de enorme população; Fut e os líbios eram seus aliados.
Não obstante isso, ela foi levada cativa para o exílio; seus filhos foram esmagados nos cantos das ruas, lançaram-se sortes sobre seus nobres, e todos os seus chefes foram carregados de cadeias.
Todas as tuas fortalezas são como figueiras, carregadas de figos maduros: se são sacudidas, os figos caem na boca de quem os quiser comer.
Teus guerreiros estão no meio de ti como mulheres. As portas de tua terra abrem-se por si sós ao inimigo. O fogo devorou teus ferrolhos.
Abastece-te de água para o cerco; repara tuas fortificações, amassa a argila, pisa o barro, pega na forma de tijolos.
Aí o fogo te devorará, a espada te exterminará; ela te devorará como o gafanhoto, ainda que fosses numeroso como o gafanhoto, e te multiplicasses como o grilo.
Teus guardas são numerosos como os gafanhotos, e teus chefes como uma nuvem de insetos que pousam sobre as sebes num dia de frio; logo que o sol nasce, fogem, sem que se saiba para onde foram.
Teus pastores dormem, ó rei de Assur, teus heróis estão inertes. Teu povo está disperso pelas montanhas sem que ninguém o ajunte.