O Senhor deu-lhes uma glória abundante, desde o princípio do mundo, por um efeito de sua magnificência.
Eles foram soberanos em seus estados, foram homens de grande virtude, dotados de prudência. As predições que anunciaram adquiriram-lhes a dignidade de profetas:
eles governaram os povos do seu tempo e, com a firmeza de sua sabedoria, deram instruções muito santas ao povo.
Outros há, dos quais não se tem lembrança; pereceram como se nunca tivessem existido. Nasceram, eles e seus filhos, como se não tivessem nascido.
Os primeiros, porém, foram homens de misericórdia; nunca foram esquecidas as obras de sua caridade.
Os filhos de seus filhos são uma santa linhagem, e seus descendentes mantêm-se fiéis às alianças.
Por causa deles seus filhos permanecem para sempre, e sua posteridade, assim como sua glória, não terá fim.
Ele foi o depositário das alianças feitas com o mundo, a fim de que ninguém doravante fosse destruído por dilúvio.
Abraão é o pai ilustre de uma infinidade de povos. Ninguém lhe foi igual em glória: guardou a lei do Altíssimo, e fez aliança com ele.
Por isso jurou Deus que o havia de glorificar na sua raça, e prometeu que ele cresceria como o pó da terra.
Prometeu-lhe que exaltaria sua raça como as estrelas, e que seu quinhão de herança se estenderia de um mar a outro: desde o rio até as extremidades da terra.